Cultura humanística em geral. Privilégio para ciências humanas: história,antropologia, sociologia, politica, religiões, teologia, filosofia e artes. Textos pessoais, convicções, textos extraídos, vídeos e imagens sempre atualizadas. A música sempre trilhará o blog. É minha paixão infinita.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
quinta-feira, 1 de maio de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
A terrível escalada da ‘semana santa’. Por Eduardo Hoornaert.
A
terrível escalada da ‘semana santa’.
Eduardo Hoornaert.
Escrevo
estas notas na véspera de sexta-feira santa. O que piedosamente chamamos
‘semana santa’ é, quando lemos os evangelhos, na realidade uma terrível
escalada de acontecimentos que envolvem Jesus, a partir da ‘entrada triunfal’
em Jerusalém. O evangelho de Marcos conta a história num ritmo nervoso, a
partir do capítulo 11. Anota o que acontece dia após dia. Já antes, Jesus não é
uma figura desconhecida nos ambientes governamentais. Não faltam acusações que chegam
aos ouvidos das autoridades: ele não segue a lei de Moisés, não considera os
‘filhos de Abraão’,pois diz que se pode fazer um ‘povo eleito’ com ‘pedras’,
discute sobre temas que são da alçada das autoridades e tem a incrível ousadia
de insinuar que os sumos sacerdotes têm de devolver as terras que usurparam.
Eis o caso: diante da
pergunta insidiosa sobre pagamento de impostos (Mc 12, 13-14), Jesus responde primeiramente
que é preciso ‘devolver (o verbo é esse) a César o que é de César’ (ou seja,
devolver o denárioa César: não contém sua imagem?). Mas depois ele ataca, embora
de forma velada, a suprema autoridade religiosa da Palestina: ‘devolvam a Deus
o que é de Deus’. Ora, o que é de Deus? O livro Levítico responde: ‘a terra é
de Deus’ (Lv. 25, 33). Acontece que os sumos sacerdotes possuem as melhores
terras da Palestina. Eis uma insinuação pesada, e as autoridades compreendem
que se trata. Elas se convencem de que estão diante de uma pessoa ‘perigosa’.
Mas
o maior medo, em Jerusalém, provém do enorme sucesso de Jesus junto ao povo da
Galileia. Esse povo,
sempre explorado pelo governo de Jerusalém (por meio dos impostos), bem que pode
um dia se voltar, ‘em nome de Jesus’, contra os que detêm o poder. Não é um medo
infundado, pois o sucesso de Jesus na Galileia é incontestável. Marcos relata
em numerosos trechos do evangelho e com abundância de detalhes que, por onde Jesus
passa, aglomerações se formam. Os líderes em Jerusalém já mandaram diversos emissários
para a Galileia para ver o que se passava, mas não conseguem reunir argumentos
definitivos contra Jesus. Quando este está em Jerusalém por ocasião das festas
de Páscoa, e depois que faz sua ‘entrada’ em Jerusalém (que é na realidade uma
paródia, pois imita entradas triunfais de tropas romanas), o governo percebe
que está diante de uma oportunidade única de prendê-lo. Assim se iniciauma
terrível escalada de acontecimentos,que termina com a morte de Jesus. A partir
do capítulo 11, um ritmo acelerado toma conta da prosa de Marcos, que anota
tudo. No dia após a ‘entrada triunfal’, Jesus volta ao templo (ele não dorme na
cidade, mas se hospeda em Betânia) e,com ímpeto, expulsaos cambistas. Uma ação
de grande ousadia que repercute fortemente nos meios governamentais. A partir
desse momento, as coisas não param mais. No terceiro dia acontece mais uma
discussão tensa com letrados e fariseus (comento sucessivamente Mc 11, 1-11; 11,
15-19 e11, 27-33) e assim os atritos vão se sucedendo, dia após dia.Jesus sabe que corre perigoiminente. No início das festividades da
páscoa, depois de rezar o salmo com seus apóstolos, ele resolve ir se esconder
com eles no Monte das oliveiras (Mc 14, 26). O evangelho de Lucas conta até que
alguns dos apóstolos vão armados. Mas não adianta: as forças de
segurança, guiados por Judas, descobrem o esconderijo. Jesus é preso como um ‘bandido’
(como afirmam os três evangelhos sinóticos: Mc 14, 48; Mt 26, 65 eLc 22, 52). O
julgamento é sumário e Jesus acaba morrendo em cima de uma cruz, entre
‘bandidos’(Mc 15, 27; Mt 27, 38; Lc 23, 33).
O "SER MULHER" E A INSUSTENTÁVEL LEVEZA ARGUMENTATIVA DE LUIZ FELIPE PONDÉ. (uma pequena apreciação sobre "Por uma direita festiva")
Li com a desconfiança de quase sempre o texto totalizante, totalitário e insustentável na leveza argumentativa de Pondé. "Insustentável leveza", não por incompetência. Muito pelo contrário. Pondé é preparado. Tive o privilégio de conhecê-lo, pessoalmente, nesse caminho da academia. Num primeiro momento nos aproximamos e depois houve a distância por razões óbvias: concepções de mundo.
Três questões me parecem provocativas no autor:
1. O que é "ser mulher", para o irônico filósofo, pessimista, político conservador, marcado por forte "ressentimento" por aqueles (as) que pensam com olhar dos mortais onde material e simbólica se encontram, onde necessidades e desejos se completam.
2. O que é "esquerda" para Pondé? Parece-me um falso poeta, falso filósofo, sem chão nem estrelas discursando no parlatório para a direita brasileira herdeira do patriarcado, do eurocentrismo e dos "filhos aterrados". Parece-me que sua voz ressoa bem para esse público. Imagina a família Caiado, Siqueira Campos, Espiridião Amin, Sarney, família Magalhães da Bahia, família Virgílio... todos de pé aplaudindo e já ligando seus aparelhos de comunicação e dizendo: "prepararem o melhor vinho e a melhor das ovelhas. Esse corajoso "filósofo" é muito bom. É dos nossos!"
3. a "direita", sempre foi "festiva". O que ocorre é que o projeto político-social burguês é bem delineado e ganha epistemologicamente contornos de invisibilidade. Aquela mesma com bases na "mão invisível" de Adam Smith. Sustenta-se em três pilares básicos que um filósofo de "direita" tem pavor de ler, ouvir ou debater: autonomia do sujeito, liberdade e "ressentimento". O cheio de tudo isso seria: "vícios privados, virtudes públicas".
Sobre a inquietante expressão "pegar" mulher. Coisa do senso comum, cotidiano, idiota, medíocre, corriqueiro. Não cabe nem para direita , nem para esquerda.
Mas, já que a expressão aparece e é "pedra filosofal" do texto sugiro: bastante arriscado tolalizar com "liberais", " a esquerda", a "direita festiva".
Estimado Pondé, sempre que nos encontramos ( e olha que faz bom tempo!!!) você questionou-me por meu "sociologismo". Lembras do Simpósio da ABHR em Juiz de Fora?.
Perdoe-me, mas o filósofo da direita ressentida não está por demais sociólogo?
segunda-feira, 14 de abril de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
domingo, 16 de março de 2014
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